CMED Aprova Reajuste de Medicamentos com Teto de 5% para 2025

Reajuste será escalonado e entrará em vigor no próximo dia 31 de março.

Por Cesar Ferro

28 de março de 2025

A Câmara de Regulação de Medicamentos (CMED) aprovou nesta quinta-feira (28) o reajuste de medicamentos para o ano de 2025, com um teto de 5,06%. A medida será publicada no Diário Oficial da União (DOU) e entrará em vigor na próxima segunda-feira, 31 de março. O aumento será escalonado, com um reajuste médio de 3,83%, o menor desde 2018.

Em nota, Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, destacou que o aumento, embora dentro das previsões, pode trazer impactos negativos para a indústria farmacêutica, especialmente em relação aos contínuos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) e na modernização das fábricas. "Esse reajuste pode prejudicar ainda mais os esforços da indústria no avanço tecnológico e na inovação", afirmou Mussolini.

O reajuste ficou em linha com as estimativas feitas pelo Sindusfarma no início de março, que apontavam para um aumento médio de 3,48% e um teto de 5,06%. A previsão também se alinhou com as estimativas de instituições financeiras, que indicavam um aumento variando entre 2,5% e 5%.

Como é calculado o reajuste de medicamentos?

O reajuste de medicamentos é determinado por uma fórmula complexa que envolve diversos fatores. O valor do índice do ajuste anual é calculado por meio da seguinte equação: VPP = IPCA - X + Y + Z.

X representa a produtividade no mercado farmacêutico.

Y refere-se ao ajuste de preços entre o mercado farmacêutico e os demais setores da economia.

Z está relacionado ao ajuste de preços relativos intrassetores.

Para este ano, a fórmula foi ajustada com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que registrou 5,06%. O Fator X foi fixado em 2,46%, enquanto o Fator Z foi definido com três variações: 2,46% para o nível 1, 1,23% para o nível 2 e 0% para o nível 3. O Fator Y não teve impacto no cálculo, sendo fixado em 0%.

Apesar do teto de 5,06%, o impacto para a população dependerá dos tipos de medicamentos consumidos, já que os reajustes serão aplicados de forma escalonada.

FONTE: PANORAMA FARMACÊUTICO